O Ibovespa, principal índice acionário do Brasil, fechou o primeiro trimestre de 2025 com uma rentabilidade de 16,78% em dólares, alcançando a sétima posição entre os 21 maiores índices globais analisados pela consultoria Elos Ayta. Em reais, a alta foi de 8,29%.
Essa performance não era vista desde o quarto trimestre de 2023, quando o Ibovespa avançou 19,07% em dólares, beneficiado também por um real fortalecido naquele período, ainda que com menor intensidade (3,44%).
Por outro lado, o índice Merval, da Argentina, ficou na laterna do ranking, com um tombo de 11,25% em dólares. A desvalorização do peso argentino continua sendo um fator crítico para a bolsa do país, que enfrenta desafios macroeconômicos severos e um cenário de instabilidade política e financeira.
Europa e América Latina dominam o ranking de maiores valorizações
O destaque absoluto do trimestre foi o Euro Stoxx 50, índice que reúne as maiores empresas da Zona do Euro. Com uma valorização de 17,04% em moeda local e um reforço adicional da alta de 4,35% do euro frente ao dólar, a rentabilidade do índice atingiu 22,13% em dólares.
O MSCI Colcap, da Colômbia, garantiu a segunda posição no ranking, com avanço de 21,73%, enquanto o IPSA, do Chile, fechou o pódio dos três melhores desempenhos globais, com 19,53%.
Os índices da China também se destacaram, com o FTSE China 50 registrando valorização de 18,08% em dólares, e o Hang Seng Index, de Hong Kong, avançando 17,51%.
Entre os mercados europeus, além do Euro Stoxx 50, Alemanha e Itália apresentaram altas semelhantes em dólares (16,16% e 16,15%, respectivamente), impulsionadas pela recuperação econômica na região.
EUA e Japão registram quedas expressivas
O Nasdaq recuou 10,42% no primeiro trimestre, registrando sua pior performance desde o segundo trimestre de 2022, quando caiu 22,44%.
O Nikkei 225, referência da Bolsa de Tóquio, por sua vez, fechou com queda de 6,71% em dólares, algo não visto desde o segundo trimestre de 2024 (-7,30%).
Já o S&P 500 e o Dow Jones, principais índices de Wall Street, também não escaparam do pessimismo: recuaram 4,59% e 1,28%, respectivamente, marcando um trimestre de perdas para os mercados americanos.
Confira o ranking:
Maiores altas e baixas do 1T25 (Fonte: Elos Ayta)